“Polícia prende, Justiça solta… e o povo paga o preço”

Por Nelson Barbudo, deputado federal pelo PL-MT

Imagine você, cidadão de bem, assistindo todo dia ao noticiário: a polícia prende um criminoso perigoso — muitas vezes envolvido com tráfico internacional, homicídios, roubo de cargas, ou coisa ainda pior — e no dia seguinte, lá está o sujeito, de volta às ruas, gargalhando na cara da sociedade.

Essa cena, não é ficção. É o Brasil de hoje.

O criminoso André do Rap, que completou quatro anos foragido, foi libertado por decisão do STF. Outro exemplo? Um trio acusado de matar e arrancar a cabeça de uma mulher foi solto. Já em Mato Grosso do Sul, o chefe do tráfico na fronteira com o Paraguai voltou ao ar livre por decisão do STJ. Isso sem contar o criminoso que, após sair pela porta da frente do fórum, foi preso com 11 fuzis no Rio de Janeiro. É surreal.

Diante desses absurdos, o que ouvimos do Ministro da Justiça? Que a “polícia prende mal”.

Sério mesmo? Será que o problema está nos milhares de agentes que colocam a própria vida em risco todos os dias?

Ou será que o problema está em um sistema legal ainda complacente, que durante anos foi moldado por uma lógica permissiva e distante da realidade das ruas? Felizmente, a bancada de deputados da Direita tem mudado esse cenário, com propostas de leis mais severas, que fecham brechas jurídicas e reduzem a margem para interpretações duvidosas ou generosas demais. Ainda há muito o que fazer, é verdade. Mas o que não dá mais é para assistir um governo que, na prática, parece passar a mão na cabeça da bandidagem, enquanto o cidadão de bem vive sob ameaça constante.

Como parlamentar, não vou descansar enquanto não endurecermos esse sistema. Estou trabalhando em propostas legislativas que tornem as penas mais duras, fechem as brechas legais que hoje funcionam como “válvula de escape” para quem deveria estar atrás das grades.

E sobre a famigerada PEC da Segurança Pública?

Essa proposta, da forma como está, é uma caricatura da realidade. Sem pé nem cabeça, ignora a complexidade da segurança pública e transfere responsabilidades sem oferecer estrutura, clareza jurídica ou eficácia prática.
A verdade é que ela prejudica a atuação da polícia, enfraquece a justiça e só serve para maquiagem política.

Quando ela for à votação, votarei contra, com convicção. E convido os colegas parlamentares a fazerem o mesmo, caso queiram dormir com a consciência tranquila e em paz com o povo brasileiro.

Não podemos continuar fingindo que está tudo bem, enquanto o cidadão vive com medo e o bandido desfila livre, leve e armado.

A hora de virar esse jogo é agora.
Ou reagimos, ou assistimos a desordem se institucionalizar.



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